

Expo Umuarama valoriza a ovinocultura com julgamento de reprodutores de elite
Animais de cabanhas de vários municípios do Paraná marcam presença no setor animal
Nascida e desenvolvida na terra do boi gordo do Paraná, a Expo Umuarama reafirma seu papel como um dos mais importantes eventos agropecuários do Estado ao abrir espaço também para a exposição e julgamento de ovinos.
Com uma programação que contempla a exibição de machos reprodutores e fêmeas de elite, a feira se consolida como uma vitrine essencial para a valorização da ovinocultura, que por aqui não é tão expressiva, mas é considerada promissora.
Além de oferecer ao público a oportunidade de apreciar de perto exemplares de genética aprimorada, a Expo Umuarama promove competições acirradas nas pistas de julgamento.
Dos cerca de 70 exemplares expostos, 65 ‘desfilaram’ na pista, das raças de corte Poll Dorset, Suffolk, Santa Inês, Dorper e Texel, vindos de cabanhas de diferentes municípios, como Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, Palmeira e Umuarama.
À frente dos julgamentos está o presidente da Ovinopar, engenheiro agrônomo Jorge Augusto Szczypior. “Os animais que se destacam recebem premiações que aumentam significativamente sua valorização no mercado, atraindo o interesse de criadores e investidores”, afirma.
Segundo ele, o investimento em melhoramento genético na ovinocultura é fundamental para elevar a produtividade e a qualidade dos rebanhos. “A seleção criteriosa de matrizes e reprodutores com características superiores resulta em animais mais resistentes, precoces e com maior eficiência na conversão alimentar”, explica.
Os julgamentos avaliam critérios como conformação, padrão racial, peso e características reprodutivas dos ovinos. “Para os criadores, a competição não apenas reconhece a qualidade do rebanho, mas também serve como um selo de excelência, impulsionando negócios e ampliando as oportunidades no setor”, confirma Szczypior.
Ao abrir suas portas para essa modalidade, a Expo Umuarama fortalece o agronegócio local, fomentando a ovinocultura como uma alternativa de renda nas propriedades, incentiva a profissionalização dos criadores e evidencia o protagonismo do Paraná na produção de ovinos de alta qualidade.
É o que defende o presidente da Sociedade Rural de Umuarama, Milton Gaiari. “Com investimentos crescentes em melhoramento genético e manejo, o setor demonstra potencial para continuar expandindo e conquistando espaço no mercado nacional”, assegura.
Um produtor de Palmeira-PR, Ricardo dos Santos, trouxe oito exemplares para mostrar na Expo Umuarama. Com um plantel de 1,3 mil animais, sua cabanha [Fazenda Serrana] é especializada em genética da raça Poll Dorset.
“A ovinocultura está se expandindo no Nordeste e no Centro-Oeste do Brasil; temos muitos clientes por lá… Ano passado vendemos 200 reprodutores para o Mato Grosso e 50 para a Bahia”, conta Santos. Da Expo Umuarama ele leva os troféus de Grande Campeão e Reservado [ambos, macho e fêmea].
Sérgio Takahashi, gerente da Texel Gran Reserva de Maringá, acompanhou o julgamento dos animais na Expo Umuarama. Ele conta que a empresa em que trabalha é especializada na produção de sêmen e em transferência de embrião.
“A genética aprimorada garante carne de melhor sabor, mas também faz com que a ovinocultura se torne mais sustentável e rentável”, atesta, com os troféus à mão: Grande Campeão e Grande Campeã da raça Texel.
O rebanho de ovinos do Brasil ultrapassa a casa dos 21 milhões; o da Bahia, maior produtor nacional [ultrapassou o Rio Grande do Sul em 2016] representa 20% desse total. O Paraná tem estimadas 600 mil cabeças e Umuarama, 3.500.



