Purunã, raça desenvolvida no Paraná, chama a atenção na Expo Umuarama
Um touro imponente e outros exemplares criados na fazenda modelo do IDR-Paraná estão expostos para apreciação do público
Animais precoces e bom rendimento de carcaça; carne macia, com excelente acabamento e marmoreio; rendimento, ganho de peso, rusticidade, habilidade materna, peso leve ao nascer. Estas são as características do gado de corte Purunã, raça desenvolvida por pesquisadores ligados aos órgãos estatais de agropecuária do Paraná.
A pesquisa começou há 30 anos, com cruzamentos entre Aberdeen Angus, Canchim, Charolês e Caracu [25% cada], resultando um animal rústico e de alto rendimento, que vem sendo propagado como “uma nova raça para o Brasil”. Vários criadores, de diferentes estados do País [com destaque ao Norte e Nordeste], já contam com Purunã em suas fazendas.
A robustez do touro 08J de 4 anos de idade, da fazenda modelo do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), localizada em Ponta Grossa, chama a atenção no pavilhão da Expo Umuarama; ele está acompanhado de vacas, bezerros e tourinhos.
“Nenhum desses está à venda”, informa o técnico especializado Clóvis Ay Moré, do IDR-Paraná, que cuida da ‘turma’. “Mas temos sim exemplares à venda”, assegura. Segundo ele, o Purunã, embora seja uma raça relativamente nova [foi reconhecida oficialmente há oito anos], já tem alcançado bastante projeção. “Isso por ter excelentes atributos”, ratifica.
Além das citadas, tolerância ao calor, resistência a parasitas, boa produção de leite e temperamento dócil também são características importantes do Purunã, cujo nome é uma homenagem à Serra Purunã, da região dos Campos Gerais; vai bem para criação exclusiva ou para cruzamento com vaca Nelore ou aneloradas.
“É a primeira raça de bovino para corte desenvolvida no Paraná e a única criada por um centro estadual de pesquisa no Brasil, ou seja, é o Paraná saindo na frente, fato que nos orgulha por se tratar de uma contribuição significativa para a produção de carne no nosso país e, claro, para a ciência”, ressalta Ay Moré.
